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Iara Almansa Carvalho
Cônsul da Associação Internacional Poetas del Mundo em Criciúma - SC
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IARA ALMANSA CARVALHO, nasceu em Cachoeira do Sul/RS. Filha de Ivo Almansa e de Natalina Germi Almansa. É casada com Benjamim de Azevedo Carvalho, engenheiro de minas, com o qual teve dois filhos, Humberto e Geórgia e neta Paula. Há quarenta anos reside em Criciúma/SC. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Pós-graduada em Metodologia e Didática do Ensino Superior pela UNIFACRI - União das Faculdades de Criciúma/SC e Mestre em Educação, pelo IPLAC - Instituto Pedagógico Latino Americano e Caribenho de Cuba. Professora aposentada. Lecionou Filosofia no Centro Acadêmico Franklin Delano Roosevelt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e no Instituto Dom Pedro II, de Porto Alegre/RS, Moral e Cívica no Colégio Secundário de Criciúma/SC, Psicologia Social e Moral e Cívica no Colégio General Oswaldo Pinto da Veiga, de Criciúma/SC. Foi Diretora do Centro de Ocupação Profissional de Criciúma, entidade voltada para o recrutamento de mão de obra para as empresas, de 1987 a 1990. Conta com diversas premiações em concursos literários estaduais e nacionais, dentre eles: 1° lugar nas X e XI Semanas Literárias do Curso de Letras UNESC, de Criciúma/SC, com as crônicas “Um dia de uma dona de casa” e “Memórias da Infância”; assim como nos X e XI Concursos Literários Internos para Professores da UNESC, de Criciúma/SC, em 1994, nos gêneros: crônica - “A fofoqueira do encantado” e conto - “A virgem Iluminada” e, em 1995, com a crônica “A loteria camuflada”. Tem participação em diversas antologias, tendo desenvolvido palestras nas diversas áreas nas quais atuou como professora. Há doze anos, publica, anualmente, textos literários nos gêneros conto, crônica e poesia na Revista da Academia Criciumense de Letras – ACLE, na qual ocupa a Cadeira n° 9, desde sua fundação, em 1997. Participou em diversos congressos acontecidos em defesa da mulher e do gênero, assunto que adotou como bandeira de luta na sua carreira de professora universitária, tanto nos eventos internacionais, como nacionais, estaduais e municipais, marcando presença como palestrante ou como assistente. É atualmente Presidente da Academia Criciumense de Letras - ACLE, cargo que ocupa desde dezembro de 2010. É sócia-fundadora e membro da diretoria do Instituto Histórico-Geográfico de Criciúma/SC, fundação que aconteceu em 12 de setembro de 2011. Em 04 de Agosto de 2012 lançou, no II Encontro de Escritores do Sul de Santa Catarina, seu 4° livro, de poemas, cujo título é: “Repaginando a vida em versos”, uma compilação de poemas premiados, de outros publicados em antologias poéticas e de alguns inéditos.
Email: iac1944@hotmail.com
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Poema em Desatino
Iara Almansa Carvalho
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Eu poetizo em desatino,
a cada mágoa reforço a tinta,
a mão recalca nas dores expostas,
vou conjecturando e costurando os desamores.
As vezes alienada... quiças perdida...
Faço versos como se deixasse a vida
moribunda, prestes à entrega fatal,
definhando... cortando vínculos...
excomungando os retrocessos,
rejeitando o verbo polido.
Ora, assumo os reveses,
ora acolho o grito,
única voz que sopra da emoção.
Tropeço... soletro em cada signo
as contradições... amores sumidos.
Deixo escorrer a tinta,
a mão suada reclama
por tantos dissabores...
continuo rabiscando,
através do que restou da compaixão!
Faço versos como um condenado à morte,
resignado pela sua pena,
ditando o sofrimento,
debulhando na folha os versos,
como castigo dos céus,
que buscam uma explicação para esta vida efêmera!
[Poema publicado pela Revista Acadêmica nº 12 / 2010; da academia Criciumense de Letras – ACLE].
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Iara Almansa Carvalho
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Eu poetizo em desatino,
a cada mágoa reforço a tinta,
a mão recalca nas dores expostas,
vou conjecturando e costurando os desamores.
As vezes alienada... quiças perdida...
Faço versos como se deixasse a vida
moribunda, prestes à entrega fatal,
definhando... cortando vínculos...
excomungando os retrocessos,
rejeitando o verbo polido.
Ora, assumo os reveses,
ora acolho o grito,
única voz que sopra da emoção.
Tropeço... soletro em cada signo
as contradições... amores sumidos.
Deixo escorrer a tinta,
a mão suada reclama
por tantos dissabores...
continuo rabiscando,
através do que restou da compaixão!
Faço versos como um condenado à morte,
resignado pela sua pena,
ditando o sofrimento,
debulhando na folha os versos,
como castigo dos céus,
que buscam uma explicação para esta vida efêmera!
[Poema publicado pela Revista Acadêmica nº 12 / 2010; da academia Criciumense de Letras – ACLE].
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Luzes Que Se Apagam
Iara Almansa Carvalho
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Luzes bailam através das janelas da vida
vertem pelos sulcos das frestas
e nas entrâncias macabras
dançam em labaredas incandescentes.
Por entre túneis... desertos...
crepitantes velas agonizam
pedidos de socorro dissolvem-se no ar
- é a morfose dos sentidos.
A vida despede-se nas lembranças consumidas pelo tempo
que, alvoroçadas com a melancolia
apaziguam-se
invadidas pela perda dos motivos.
A resistência se esvai
em troca: a latência, a calmaria,a sutileza
evidenciam-se
a rudeza é polida, cantonada
formatada pela desesperança.
A voz fenece... emudece...
o véu tênue rompe-se
fecha o circuito
o último suspiro denuncia o fim.
A paz é recepcionada.
È o réquiem dos desejos
tão distantes ...sufocados
por enigmas, passagens virtuais
transitórias, supérfluas
efemeridades assassinas.
Na força de sua voluptuidade
a vontade de viver se aniquila
conspira... suicida-se.
[Poema publicado na Revista Acadêmica de nº 6, da Academia Criciumense de Letras – ACLE].
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Iara Almansa Carvalho
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Luzes bailam através das janelas da vida
vertem pelos sulcos das frestas
e nas entrâncias macabras
dançam em labaredas incandescentes.
Por entre túneis... desertos...
crepitantes velas agonizam
pedidos de socorro dissolvem-se no ar
- é a morfose dos sentidos.
A vida despede-se nas lembranças consumidas pelo tempo
que, alvoroçadas com a melancolia
apaziguam-se
invadidas pela perda dos motivos.
A resistência se esvai
em troca: a latência, a calmaria,a sutileza
evidenciam-se
a rudeza é polida, cantonada
formatada pela desesperança.
A voz fenece... emudece...
o véu tênue rompe-se
fecha o circuito
o último suspiro denuncia o fim.
A paz é recepcionada.
È o réquiem dos desejos
tão distantes ...sufocados
por enigmas, passagens virtuais
transitórias, supérfluas
efemeridades assassinas.
Na força de sua voluptuidade
a vontade de viver se aniquila
conspira... suicida-se.
[Poema publicado na Revista Acadêmica de nº 6, da Academia Criciumense de Letras – ACLE].
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Espera
Iara Almansa Carvalho
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Vida permanente de espera
espera para nascer... crescer... gerar ...
espera de desejos insatisfeitos
de encontros não realizados
que fluíram, plasmaram
perdendo-se no tempo.
Frustradas ... cansadas ... e, algumas vezes
abençoadas esperas
do passado
do futuro.
Esperas existenciais
que sugaram minhas esperanças
junto com a relutância para esperar.
Tristezas que encheram minhas esperas ...
Alegrias que passaram rápidas em relação à espera
e que nem sempre significaram ganhos.
Longas esperas para despedidas
poucas esperas para chegadas.
Espera das noites ... dos dias ... das horas intermináveis ...
do ontem ... e, do amanhã ...
infinitas esperas
que valseiam entre a realidade e as utopias
que preenchem meus dias.
Esperas de vida
que evitam
com inegável sabedoria
a espera da morte.
[Poema publicado na Revista Acadêmica de nº 6, da Academia Criciumense de Letras – ACLE].
Iara Almansa Carvalho
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Vida permanente de espera
espera para nascer... crescer... gerar ...
espera de desejos insatisfeitos
de encontros não realizados
que fluíram, plasmaram
perdendo-se no tempo.
Frustradas ... cansadas ... e, algumas vezes
abençoadas esperas
do passado
do futuro.
Esperas existenciais
que sugaram minhas esperanças
junto com a relutância para esperar.
Tristezas que encheram minhas esperas ...
Alegrias que passaram rápidas em relação à espera
e que nem sempre significaram ganhos.
Longas esperas para despedidas
poucas esperas para chegadas.
Espera das noites ... dos dias ... das horas intermináveis ...
do ontem ... e, do amanhã ...
infinitas esperas
que valseiam entre a realidade e as utopias
que preenchem meus dias.
Esperas de vida
que evitam
com inegável sabedoria
a espera da morte.
[Poema publicado na Revista Acadêmica de nº 6, da Academia Criciumense de Letras – ACLE].
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