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Wilma Maria Quintiliano de Oliveira
nasceu em Ponte Nova/MG. Funcionária pública estadual aposentada do Instituto de Providência dos Servidores do Estado de MG – IPSEMG. Graduada em Contabilidade pela Faculdade de Ciências Contáveis de Ponte Nova/MG; e Pós-Graduada em Gestão Estratégica de Equipes. Membro do Conselho Municipal de Cultura de Ponte Nova/MG; Presidente da Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova/MG- ALEPON; Membro Efetivo da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas – SBPA, Mariana/MG; Autora e Coordenadora de diversos projetos culturais, dentre os quais “Pesquisa da História Literária de Ponte Nova/MG”; Participou de comissões julgadoras de concursos literários e declamações; Recebeu “Mérito Legislativo” na Área Social, Troféu ”Prêmio XELECO” na categoria Literatura e “Honra ao Mérito” Educação e Cultura: InBrasCI-MG e ACLA-MG. Tem publicado o livro “Revoada de Versos”. E-mail
wilmamariaquin@hotmail.com.
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Encanto
Wilma Maria Quintiliano de Oliveira
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As luzes da cidade se apagaram
A escuridão invadiu as casas
Encontrei você sozinho
Aguardando-me sem pressa.
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Os vaga-lumes então
Chegaram
Com suas pequenas lâmpadas acesas
Sem adornos eletrônicos.
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Brincavam com ternura
Com a fumaça da vela azul
Uma linha rabiscava as paredes
E a fumaça subia as alturas.
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Foi assim nessa noite sem luz
Encontrei a poesia clareando
Articulando as veias
Desenrolando as teias
Dentro de um coração.
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A vida
Wilma Maria Quintiliano de Oliveira
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As goteiras descem em silêncio
Pingando no rosto do pequenino,
Um choro acorda a mãe fadigada
Pega no colo com ardor o menino
E o embala com os olhos marejados.
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O pequenino não para de chorar
Entre os pingos entoa um hino
O filho embalado começa a sonhar,
Mãe adormece com o pequenino
No colo e outro no seu ventre.
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Os pingos noturnos respingam
No rosto crispado do marido,
Esfalfado, levanta-se apressado
Acorda a mulher para a lida
E sai com a chuva nos ombros
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Mulher rasga a madrugada chorosa.
Os molhos molhados pesam seu ventre,
Tiranizam sem piedade
E vergam seu corpo redondo
A dor é do peso e a dor é da vida
Rompendo com as águas e nascendo ali.
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O buquê
Wilma Maria Quintiliano de Oliveira
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Eu queria um buquê
Com flores do ipê
Passou a floração.
Trago somente as folhas
E junto com as rosas
Faço o meu buquê
Pinto o laço
Com muita emoção
Dou-lhe de presente
Nesta noite especial.
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