sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Membro: Maria Cleide Pereira


Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira
 nasceu em Belém do Pará, em 1980. Desde cedo, demonstrou sua paixão pelas artes. Apreciava ficar longas horas na sala de leitura de sua antiga escola e gostava de interpretar e de participar de concursos de desenhos.
Atriz amadora, professora de Língua Portuguesa e poetisa. Atuou, como Dinha Cardoso (nome artístico), no teatro infantil com as peças: "O papagaio de volta para casa" (1999), na qual foi atriz e produtora musical, e em " Tirando onda das férias" (2010), na qual foi roteirista e manipuladora de bonecos.
Em 2000, iniciou a graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará. Já em 2005, o foco passou a ser a pós-graduação, o MBA Corporativo de Consultoria Avançada em Gestão de Pessoas, da Faculdade Ideal em parceria com a Estratego. Atuou no programa menor aprendiz da Associação Proativa do Pará e foi instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, ainda em Belém.
O ano de 2007 foi muito significativo, pois foi o ano em que a professora Maria Cleide passou a lecionar nas prisões. Seguindo a concepção freireana, a "professorinha", como era carinhosamente chamada por seus alunos, colocou em prática os princípios de amor, solidariedade, superação e esperança. Criou, também, a personagem Beijoca e toda a sua turma para animar as visitas infantis nas brinquedotecas das penitenciárias por meio do teatro de fantoches.
Atualmente, reside na Cidade Modelo, Castanhal, onde leciona Língua Portuguesa na Escola Latif Jatene e atua como instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
Participa dos seguintes sites literários: Autores.com.br, Recanto das Letras, Poetas del Mundo, O Melhor da Web, Mar de Poesias e Site de Poesias
Castanhal Estado: Pará
mariacleide.pereira@bol.com.br
.
.
Minha marca
(Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira)
.
Minha marca é de alto valor
Pois ela expressa a grandeza do Deus que nos criou
Minha marca não possui valor mercadológico
Nem monetário, nem faz apelos psicológicos
.
O meu valor não se expressa numa etiqueta da moda
Eu ser quem eu sou é o que mais importa
Minha marca não é mercadoria
Minha marca é meu sorriso, minha liberdade, minha alegria
.
Sorriso que desperta outro sorriso
E que multiplica, a cada dia, amigas e amigos
Liberdade de ser o que desejo
Combatendo preconceitos, discriminações e medos
.
Alegria de não ser "figurinha repetida"
De não ser escrava de padrões de beleza e de comportamentos
Alegria de ser uma professora reflexiva
E de questionar a realidade a todo momento
.
Minha marca é a ousadia
É a extrema coragem que me guia
De denunciar as injustiças sociais
E de caminhar em busca da verdadeira paz
.
Minha marca não pode ser comprada
Ela só pode ser vivida, ser compartilhada
Minha marca me faz única e isso mostra a diversidade
É nas diferenças que descobrimos as potencialidades
.
Mas as diferenças pessoais não podem justificar a exclusão
Nem tornar uma pessoa vítima de discriminação
Eu já disse: somos diferentes, mas não somos desiguais
Afinal, um mesmo Deus é quem nos faz
.
Nos faz seres altamente capazes de realizar
Tudo o que possamos imaginar
Nos dá força para superar
Tudo o que vier a nos abalar
.
Portanto, a moda que eu sigo
Chama-se autenticidade
Ela não se importa com o que eu visto
Mas sim com a minha mentalidade
.
Pois o importante é ter liberdade de escolher
Aquilo que puder, a vida, favorecer
É saber consumir de forma consciente
É saber que o amanhã é uma pequena semente
.
Uma semente a ser cuidada com responsabilidade
Tendo como princípios o amor e a sustentabilidade
Reconhecendo a importância de cada ser
E compreendendo que todos merecem viver
.
Viver em paz, em harmonia com a Natureza
Mas vejo a destruição no luxo e na riqueza
Um casaco de pele é altamente cobiçado
E o mais triste é ver um filhotinho de foca dilacerado
.
Pobre animal, sem pele e tão pequenino...
Agoniza, se debate, coitadinho...
Enquanto isso, altos estilistas e marcas de moda
Enriquecem tirando vidas e ninguém se importa...
.
Admiro muito os veganos e as veganas
Que lutam por justiça social, animal e humana
Admiro Mahatma Gandhi e seus ideais
De não-violência, de amor e de paz
.
Amo Jesus Cristo, sua mensagem e sua trajetória
Pois nos ensinou o amor, o perdão e a misericórdia
E montado num simples jumentinho, entrou em Jerusalém
Para mostrar que o amor de Deus nos leva além
.
São as atitudes de uma pessoa que a tornam inesquecível
É o poder de Deus que torna alguém invencível
Etiquetas e marcas artificias mascaram a pobreza espiritual
De pessoas que acreditam que TER é o essencial
.
Descobrir a própria marca é aprender a ser feliz
É libertar-se dos condicionamentos e fazer o que sempre quis
Assim, meu desejo é que cada pessoa viva a sua moda
Sabendo que a vida é o que mais importa
 .
.

Simplesmente, escrevo
(Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira)
.
Simplesmente, escrevo o que sinto
E com as cores da emoção redijo
Meus olhos percebem, minha alma traduz
E a simplicidade de meus versos me conduz
.
Não conto as sílabas poéticas
Meus versos têm rima, mas não têm métrica
Não me preocupo com estilos, não sou tão formal
Não uso palavras rebuscadas, minha linguagem é direta e normal
.
Minha poesia é para ser lida
E, com o coração, entendida
Ela é o pássaro a voar
É a semente a germinar
.
Meus temas são diversos
São reflexões transformadas em versos
Da poesia infantil à social
Busco o sentido existencial
.
O amor apaixonado
Há tempos, deixei de lado
Pois há um amor maior
Que inclui todos os seres num só
.
É o amor a Deus que eu canto
Um amor pelo que é Sagrado e Santo
O amor pela vida no mais amplo sentido
E isso me faz lutar a favor dos oprimidos
.
Amo o Senhor, a humanidade, os animais,
As florestas, os rios e tudo o mais
Minha pátria é o universo
Minha bandeira é feita de versos
Que celebram o amor, a paz, a bondade
Que conduzem à justiça, à misericórdia e à unidade.
.
.
MANIFESTO REVOLUCIONÁRIO
(Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira)
.
O nosso Estado não é de bem-estar social
Mas sim de medo, de violência e de caos total.
A elite dirigente, por meio de seus aparelhos ideológicos,
Forja paradigmas desumanos, teratológicos.
.
E com discurso dissimulado e uma falsa bondade,
Dissemina preconceitos e camufla a verdade.
E assim, a cada dia, cresce a desigualdade,
Massacrando inocentes e exaltando covardes.
.
E assim, também, avança o capitalismo selvagem
E o povo busca, no livro de autoajuda, alcançar prosperidade.
Mas a luta continua, ainda há pensadores
Que buscam a verdade para desmascarar os opressores.
.
Principalmente os corruptos, sujos traidores,
Que sabem iludir o povo em troca de favores.
E usando de boa aparência e de demagogia,
São eleitos pelo voto da empolgada maioria.
.
E, em vez de ajudarem o povo a se emancipar,
Desviam verbas e até a ficha suja conseguem limpar.
E ainda querem que o Brasil vá para frente,
Mas tratam os revolucionários como sonhadores inconvenientes.
.
Só que uma coisa eu tenho a dizer
Aos que "vendem a alma" em troca de poder:
Eu sigo lutando, ainda que com palavras,
Não deixo e nunca deixarei de ser uma revolucionária.
.
Conflitos não se resolvem com armas, nem com violência.
Seres racionais usam o diálogo para superar as diferenças
E reconhecem, nas diferenças, a diversidade
Que não é e nunca será sinônimo de desigualdade.
.
Podemos, sim, ter um mundo e um país melhor,
Só que poucos acreditam e pensam o pior.
E ficam pensando e pensando uma eternidade...
São os reacionários, que só sabem reclamar da realidade.
.
Algumas pessoas até se perguntam : "O que posso fazer?"
A estas, eu respondo:"A mudança começa em você!
Em vez de se deixar iludir,
Comece a refletir e a agir.
.
Vá exercendo a sua cidadania,
Busque melhorar a cada dia.
Não se venda aos interesses do opressor,
Seja livre de todo preconceito, de todo desamor.
.
Aprenda a aceitar a diversidade
E lute a favor da equidade.
Um mundo melhor é nossa responsabilidade,
Precisamos de amor, de respeito e de dignidade".
.
Tendo em vista essa reflexão,
É necessário que você faça uma opção:
Ser parte de uma pacífica revolução
Ou se entregar, sem lutar, ao sistema de dominação.
.
Toda mudança requer coragem e ousadia
E começa com pequenos gestos, dia após dia.
E assim, refletindo, agindo e mudando,
O mundo inteiro vamos revolucionando.
.
Pois muita coisa não é
Como deveria ser de fato
Pense bem e diga se não é
Verdadeiro este relato:
.
As religiões, que deveriam ensinar à humanidade,
Dentre outras coisas, a misericórdia, a caridade e a fraternidade,
Brigam entre si, por pura vaidade...
E cada uma se diz dona da verdade.
.
A família, que é o primeiro passo
para o convívio pacífico em sociedade,
Hoje, desfaz seus preciosos laços...
Nenhum relacionamento tem continuidade.
.
A escola, que deveria preparar pessoas para a vida,
Está sendo palco de violência desmedida...
Assim, ninguém consegue lutar pela emancipação
Nem despertar consciências para uma transformação.
.
O trabalho, que deveria ser o meio digno
Pelo qual o ser humano se realiza,
Tornou-se algo desprovido de sentido...
Apenas aliena, explora e escraviza.
.
Não bastasse tanta coisa errada,
Ainda há as forças repressoras e armadas,
Que brutalizam os indivíduos
E usam violência para resolver conflitos.
.
Você concorda com isso tudo?
Você deseja, também, mudar o mundo?
Então quebre as amarras, desate os nós,
Expresse o seu pensamento, faça ouvir a sua voz!
.
Não se cale perante às injustiças,
Não se deixe seduzir pela cobiça.
Não entre no jogo dos dominantes,
Seja um(a) revolucionário(a) perseverante.
.
Pense nos que ainda virão,
Preserve e cuide do nosso planeta.
Ouça a voz do seu coração
E, em vez de armas, use uma caneta...
.
E escreva, registre a sua mensagem
No Livro dos Sonhos da Humanidade.
Torne a antiga utopia real:
Um mundo fraterno, pacífico, justo e igual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário