sábado, 10 de novembro de 2012

Membro: Maria de Jesus Magalhães Neubauer

 
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Maria de Jesus Magalhães Neubauer
nasceu em 1º de junho de  1931, em São Sepé/RS. Filha de  Maria Cândida  Santos  Magalhães e Jorge Mota Neubauer. Poetisa.   Membro Efetivo da Associação Literária Sepeense, de São Sepé/RS; e entidades literárias da Região Centra do Rio Grande do Sul. Tem inúmeras participações em Antologias e Coletâneas Cooperativadas Nacionais e Internacionais, assim como nos jornais locais. Tem como passatempo ler e escrever. Grande admiradora de Mario Quintana, Cecília Meireles, Mário de Andrade, Raul Bopp, Carlos Drummond de Andrade, Eduardo Guimarães, Cruz e Souza e Alceu Wamosy. Sua poesia e rica em imagens e símbolos, características exploradas pelos poetas simbolistas. E-mail: marcoamn@terra.com.br
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NOITE DE LUAR

Céu límpido só as estrelas cintilantes,
Fazem parte deste luar encantador
A lua e o céu são dois amantes
Que vivem a tecer sonhos de amor.

Penso tristonha em teus olhos distantes
Que tem como o luar brilho fascinado
As estrelas são belas fascinantes
Porem só sente não vê-lo, meu amor.

Nestas noites de luar céu estrelado,
Fazem cortinas nos campos e nas matas
Parecem tecer um cortinado.

E ao olhar do mundo a perfeição
Ó Deus, mais amo quero e respeito.
E peço a ele de todo coração,
Que o meu sonhar de amor seja perfeito.



LUA

Lua, lá no céu, é tão bonita
E minha alma tão tristonha e tão aflita
Ao olhá-la só sente saudade,
Do meu passado e dos meus dias de alegria.
Hoje tenho tão somente a nostalgia
Do que foi para mim felicidade.

Lua companheira, velha amiga,
Tu conheces minha mágoa tão antiga
Tu conheces toda a dor que trago em mim,
Por isto hoje ao olhar tua claridade,
Eu sinto ainda esta cruel saudade
Que ficará comigo até o fim.

Lua, minha eterna companheira,
Tu bem conheces minha vida inteira,
Tu bem sabes toda minha dor;
E hoje ao lembrar a mocidade
Recordo tudo de que tenho saudade
Do lar perdido... Meu eterno amor.



CORTICEIRA
                                            
Corticeira, curticeira
Minha velha companheira
De meus tempos de folguedo
Em que tudo era brinquedo.
Hoje vejo-te triste e morta
Não alegras mais a porta
Do meu velho paraíso!

Vendo-te assim fico triste
Tanta coisa não existe
Tanto bem eu já perdi
E por isto, corticeira
Minha velha companheira,
Quase estou igual a ti!

Jacu, terra onde nasci...quanta saudade
Onde comecei minha jornada
Lá conheci a felicidade,
Tinha segurança e me sentia amada.

Hoje para mim, tudo é diferente
Me sinto só, triste, envelhecida
Ah! Bom tempo em que fui contente
Era feliz e só curtia a vida!

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