sábado, 10 de novembro de 2012

Membro: ROSELAINE FUNARI


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ROSELAINE FUNARI
nasceu em 1970, São Paulo/SP; Formada em Administração de Empresas com Ênfase em Marketing, pela UFRGS; Poetisa, Idealizadora e Coordenadora do PROJETO “POESIA INCLUSIVA”, a poesia em ação social, onde ministra oficina de criação poética para cegos ou pessoas que possuam baixa visão. Em junho de 2011, lançou seu primeiro livro Poema faz Sentido, em Braille/Tinta fonte ampliada e formato Áudio livro, com distribuição gratuita. No mesmo ano, realizou sua oficina, de forma voluntária, no CCCEV e na ACERGS. Atualmente, com o propósito de ampliar o alcance social do seu trabalho, é oficineira junto ao Projeto Descentralização da Cultura da SMC de Porto Alegre, onde dá continuidade a oficina de criação poética, também junto ao grupo do Poesia Inclusiva. POESIA INCLUSIVA é um trabalho sociocultural que, além da oficina de criação poética, disponibiliza um Recital Poético. Trabalhos realizados, sempre de forma aberta, com a participação de pessoas videntes. Pioneiro no Estado do Rio Grande do Sul, completará em dezembro de 2012, dois anos de realizações. “Compartilhar poesia é o que me compete, na condição de gente.” E-mail: roselainefunari@yahoo.com.br Blog: projetopoesiainclusiva.blogspot.com
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flui da tua BOCA
verso sentido
escorre palavra
que soterra meus ouvidos

flui da tua boca
a prova real dos fatos
na crua tempestade
que afoga dúvidas

flui da tua boca
o gosto áspero do passado
que me atiras
feito remédio silencioso

flui da tua boca
o feto da paz
que de ti nasce
e em mim jaz




chegaste agora
e já estamos tão íntimos

por horas te acaricio
num coquetel sabor CIO E VÍCIO
um pc no meu quarto
muitas faces
portais
sites
programas

e pouco sexo

será que me espias enquanto
durmo?






sou poço!
poço!
toda sede de vida em mim cala
sei que posso unir as gotas da seca
e servir-te
um BANQUETE de POÇAS

é a voz do meu eco que grita

grita que posso!
posso!





na contramão da razão
caminha sem chão

– pra onde ELA vai?

a plateia cala seu medo
debruçada no parapeito das palmas

– pra onde ela vai?

poeta
não sabe falar de si
precisa do poema
– pra onde ela foi?




micro
miúdo
minúsculo
AFETO AFETADO

vale a pena pedir bis?
repetir o prato predileto?
refazer aquela viagem?
reviver o último ano?

afeto afetado implica em réplicas
camufla o flácido cotidiano






Anel Topázio

I
Enquanto houver dedos
o enlace será consumado
um topázio amarelo
cria o elo
ata sonhos
tempo a dentro
Vaidoso regresso…

II
Sinto
o peso do tempo na mão
vitrine viva em gestos febris
paixão dos dedos
topázio
aliança do ontem & hoje

III
No anelar
és bola de cristal
me faço adivinho
Topázio em dança
lança seu brilho
como pupila dos anos
Espelho daquilo que não vi

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