domingo, 28 de julho de 2013

ESPECIAL 6 - SEMANA DO ESCRITOR

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ESCRITOR

Robson Simões
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Se Fernão fosse..
Mais Capelo que gaivota...
Seria azul.
Que impota...
Estaria solto no vento
Sem partidas, sem chegadas
Apenas trajetos
Ser sem permanecer.
Seria Ayo, o senhor dos  ventosos
Seria Muxo, o senhor da chuva
Seria sopro, voo
Devaneio...
Farol, nau a deriva
Seria eu
Porto na ilha.
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AO MEU AMOR
Ana Da Cruz

Posso fotografar o passar dos anos de um ser vivo
e, num flash, paralisar o movimento de um projétil.
Quisera o tempo ao seu lado.
Posso ver milhares de tons de cores
e o surgir de uma nova vida,
mas ainda não vejo a centelha
que nos poderia aquecer.

Talvez, eu mude minha ótica... e tente,
como abelha, ver-lhe em raio X;
ela, procura o pólen das flores;
eu, enxergar toda a sua essência;
em infravermelho, enxergar a cor da sua vida
para que, como um camaleão,
eu me transmute nela.
Do modo Kirliano, vê-se o perecer.
Eu quero enxergar
o nascer do amor.
Então, tento enxergar o sentimento
como percebo o movimento
que gera a velocidade.

O ser humano descobriu o quartzo,
partícula menor que o átomo,
bilhões de galáxias, com bilhões de estrelas.
Tento descobrir como lhe encontrar
e enxergar a imagem dos seus olhos
iluminados diante do meu amor.
Do espaço sideral às profundezas da natureza,
tudo eu buscaria
pra ver você feliz.

Da energia que provoca
o calor, o frio, o movimento,
quero encontrar seu amor.
Quero sentir você invadindo minh'aura,
que é a luminosidade
que envolve todo ser
e cuja luz ilumina o espaço
que quero dividir com você.


CRUZ, Ana da. Ao meu Amor.
In Emoções em Prosa e Verso (coletânea).
Conselheiro Lafaiete: Narciso de Queirós, 1995.
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 Ana da Cruz   -  -  -  Escritora, Tradutora, Agente Sócio-Cultural
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O Escritor

Tem uma voz à sussurrar no silêncio
Que incomoda como algoz nosso preceito
Do amor que arde no peito feito feroz melodia
O escritor e seu argumento...
Vive altroz sentimento sem se tocar.

Vem me iluminar luz da minh'alma
Dom que advém sem reclamar
Quero profanar toda palavra
Para escrever no tom que me apraz.

Sou servo da inspiração
Remetendo tudo que se descreve na tela da criação
Vivendo pela arte não só um título,
Mas a vontade sem rotulo, nula em todos os sentidos,
É o pensamento que não se pode controlar...
Livre para viver como sonho.

Cesar Moura
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NECESSIDADE DE ESCREVER!


Sou como um pássaro
que canta de felicidade
Um ato inato de verdade.
Como um peixe nadando
um oceano como quintal
um continente em suas têmporas,
Um leão na selva
Um antílope na relva...

Uma caneta na mão
Sentimentos no coração
Dificuldades na vida
escrevendo ou não,
Tenho necessidades.

Tenho necessidade de escrever
de sonhar...
Não importa se o escrito
vai para um livro
Ou fica solto sem sentido
Como um pássaro numa gaiola
Ou uma criança linda
com um sorriso triste
Bem ou mal isto existe!

Marcelo de Oliveira Souza
http://marceloescritor2.blogspot.com
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