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O Dia da Cultura Brasileira
Nelson Vieira
Da cultura (cuja data de comemoração é 05-novembro, data de nascimento de Rui Barbosa) precisamos e muito, porém pouco valor é dado, porque é o “patinho feio” da história.
A cultura necessita de cuidados especiais, diferentemente de outras atividades, mesmo porque ela está em praticamente em todas, que de pronto dão retorno no campo financeiro, mas ela em si não, não de imediato.
Parece contraditório, mas é verdade, a cultura precisa de investimentos para gerar movimentos que possam dar contornos diferenciados ao desenvolvimento de regiões, fazendo florescer idéias e agregar valores (entre outros, geração de rendas e empregos) onde dá impressão de aridez.
A cultura tem ramificações e subdivisões com capilaridades nas artes e nas ciências de modo geral.
Ter o dom para se manifestar é algo fenomenal, nasce com o indivíduo e no decorrer do tempo atinge enes estágios, sempre na busca da perfeição ou de melhorias, constantemente.
Mas a cultura tem o condão de se apresentar e forjar o crescimento mesmo em situações desfavoráveis, o que de certa maneira é corriqueiro e não querendo ser pessimista, só um milagre poderá mudar o atual estado, a partir do momento que a sensibilidade atingir os corações dos que podem efetivar uma mudança para melhor, e, acordar concluindo pela sua real importância, valorizando-a, em benefício de todos.
A cultura na ciência e vice versa, tem os seus protagonistas. Há exigência de entrega ímpar de boa parte de suas vidas para conseguir um mínimo de rendimento, de progresso nas suas labutas, sempre necessitando de apoio.
A ajuda nos aspectos artísticos e científicos é de suma importância. Por isso ao vermos pessoas sendo reconhecidas internacionalmente, por quem de direito, por exemplo, agraciados com a premiação de um NOBEL, em virtude de seus trabalhos em prol da humanidade, já não é nenhuma surpresa. Com certeza são oriundos de países que tem os olhos voltados para o engrandecimento da cultura e receberam incentivos de instituições, corporações e dos governos.
A cultura exige concentração, pesquisa e dinheiro para consecução dos objetivos a serem alcançados. Quando pouco ou quase nada é destinado para estudos e praticas, os resultados são pequenos, ou melhor, já nascem debilitados.
Quem aplica e investe na cultura, seguramente tem destaque no cenário mundial. Daí volta e meia à constatação de QIS elevadíssimos serem cooptados para trabalhar e estudar em nações adiantadas no universo da cultura, recebendo auxílios compensatórios.
Os nossos artistas e ativistas culturais são guerreiros sem tréguas mesmo. Eles lutam empunhando uma bandeira pela causa do saber, com uma vontade de ir até onde for possível. Alguns conseguem ter seus nomes nas galerias do sucesso, mediante sacrifícios, na maioria das vezes, por suas contas e riscos. São heróis.
É preciso acreditar na cultura sempre. Quem dá o devido crédito, tem mais cedo ou mais tarde a recompensa, e isso não é descobrir a roda, basta pisar em terreno firme e não em solo movediço, embora esses existam.
Aos militantes da cultura (em todos os segmentos) o nosso abraço fraternal. Vocês são exemplos de obstinação, pois conseguem manter a chama acesa, mesmo que, por vezes o vento sopre em desfavor.
Parabéns!
Presidente da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul
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