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LIVIA MASCARENHAS
GOIANIA - GO
LIVIA MASCARENHAS
GOIANIA - GO
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Lívia Maria de Oliveira Mascarenhas "Lívia Mascarenhas" natural de Itaberaí
- Goiás, nasceu aos 21 de agosto. Psicopedagoga, Intérprete de LIBRAS - Língua
Brasileira de Sinais - membro da UBE - União Brasileira de Escritores, seção
Goiás - onde trabalha como voluntária. Fundou e regeu por doze anos o primeiro
grupo de música com crianças surdas do Estado de Goiás, participa dos corais:
Vozes da ADUF - UFG, Coral Justiça em Canto - do TJ, Coro do Tribunal de
Contas de Goiás - TCEGo e coro Lettere In Canto - Faculdade de Letras UFG. Tem participação em várias coletâneas nacionais e internacionais de
poesia.
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TRIBUNAL
Palavras
em mim, injetadas
no
fórum de horrores
céticos,
exibicionistas
do
poder, punhos de ferro.
Leis
arcaicas,
revolvidas,
exumadas,
decretos,
sentenças...
Prisão?!
Palavras
em mim,
injetadas
com ódio,
audaz
carrasco
justiça
silenciosa
entre
quatro paredes
cúmplices
da investigação
velada,
sarcástica
destruidora
dos fracos
pois
aos fortes,
compra-se
por bom preço,
desmedido
desempenho
na
corrupção judicial.
E
aos fracos, dá-se,
da
mesa, migalhas
de
liberdade cerceada
em
solitária prisão
onde
a angústia
estreita-se
a humanidade,
encolhem-se
em húmidas vestes,
trapos
da indulgência irracional
corpo
esquálido, vingado
pela
justiça dos nobres punhais.
Lívia
Mascarenhas
Troncos e chibatas...
Troncos
Trocados...
Avenidas
Trancadas...
Chibatas
substituidas
cassetetes
gás
bombas
vidas
rolando
em
vão,
mentes
borbulhando
sangue
negro
asfalto
dignidade
ferida
identidade...
Perdida!
Réu
confesso
Sou...
Protesto!
Lívia
Mascarenhas
Entrego-lhe
o Coração
O sol sem brilho,
no horizonte desfalece
densas trevas,
meu coração escurece.
Em mim não há ninguém
tudo é névoa,
muralha de pedras
cercam minha solidão.
Lembranças do passado,
grande ilusão.
Esqueço-me das horas lentas,
fora de mim a passar
nada mais quero,
nada peço,
perdida neste silencio,
indolente.
Entrego-lhe o coração!
O sol sem brilho,
no horizonte desfalece
densas trevas,
meu coração escurece.
Em mim não há ninguém
tudo é névoa,
muralha de pedras
cercam minha solidão.
Lembranças do passado,
grande ilusão.
Esqueço-me das horas lentas,
fora de mim a passar
nada mais quero,
nada peço,
perdida neste silencio,
indolente.
Entrego-lhe o coração!
Lívia
Mascarenhas
VENTO
NORTE
Hoje mais um dia se passou
Tentei secar uma lágrima
fria
Que dos meus olhos corria
Para desaguar no coração.
Foste como
a luz frágil e tremulante
Que se apagou com a brisa suave
Que veio de
muito distante.
Mamãe, hoje não tenho tuas mãos
Para segurarem as
minhas
Nos momentos de solidão
Em que mentes insanas
Procuram me
aniquilar.
Sei que não podes mais voltar
Se eu pudesse,
Mudaria até
o vento norte,
Para matar a maldita morte
Que te levou para além do
mar...
Lívia
Mascarenhas
Lívia, estou levando o seu poema Tribunal para postar na Academia Virtual de Escritores Clandestinos (no facebook). Um abraço
ResponderExcluirLindos poemas! Parabéns!
ResponderExcluirAbraços poéticos!
Rita Rocha