sexta-feira, 11 de abril de 2014

MEMBRO: Lívia Mascarenhas

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LIVIA MASCARENHAS
GOIANIA - GO
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Lívia Maria de Oliveira Mascarenhas "Lívia Mascarenhas" natural de Itaberaí - Goiás, nasceu aos 21 de agosto. Psicopedagoga, Intérprete de LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais - membro da UBE - União Brasileira de Escritores, seção Goiás - onde trabalha como voluntária. Fundou e regeu por doze anos o primeiro grupo de música com crianças surdas do Estado de Goiás, participa dos corais: Vozes da ADUF - UFG,  Coral Justiça em Canto - do TJ,  Coro do Tribunal de Contas de Goiás - TCEGo e coro Lettere In Canto - Faculdade de Letras UFG. Tem participação em várias coletâneas nacionais e internacionais de poesia.

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TRIBUNAL
Palavras em mim, injetadas
no fórum de horrores
céticos, exibicionistas
do poder, punhos de ferro.

Leis arcaicas,
revolvidas,
exumadas,
decretos, sentenças...

Prisão?!

Palavras em mim,
injetadas com ódio,
audaz carrasco
justiça silenciosa
entre quatro paredes
cúmplices da investigação
velada, sarcástica
destruidora dos fracos 
pois aos fortes,
compra-se por bom preço,
desmedido desempenho
na corrupção judicial.

E aos fracos, dá-se,
da mesa, migalhas
de liberdade cerceada
em solitária prisão
onde a angústia
estreita-se a humanidade,
encolhem-se em húmidas vestes,
trapos da indulgência irracional
corpo esquálido, vingado
pela justiça dos nobres punhais.  

Lívia Mascarenhas



Troncos e chibatas...

Troncos
Trocados...
Avenidas
Trancadas...
Chibatas
substituidas
cassetetes
gás
bombas
vidas
rolando
em vão,
mentes
borbulhando
sangue
negro
asfalto
dignidade
ferida
identidade...
Perdida!
Réu confesso
Sou...
Protesto!

Lívia Mascarenhas

Entrego-lhe o Coração

O sol sem brilho,
no horizonte desfalece
densas trevas,
meu coração escurece.

Em mim não há ninguém
tudo é névoa,
muralha de pedras
cercam minha solidão.

Lembranças do passado,
grande ilusão.

Esqueço-me das horas lentas,
fora de mim a passar
nada mais quero,
nada peço,
perdida neste silencio,
indolente.

Entrego-lhe o coração!

Lívia Mascarenhas


VENTO NORTE

Hoje mais um dia se passou
Tentei secar uma lágrima fria
Que dos meus olhos corria
Para desaguar no coração.

Foste como a luz frágil e tremulante
Que se apagou com a brisa suave
Que veio de muito distante.

Mamãe, hoje não tenho tuas mãos
Para segurarem as minhas
Nos momentos de solidão
Em que mentes insanas
Procuram me aniquilar.

Sei que não podes mais voltar
Se eu pudesse,
Mudaria até o vento norte,
Para matar a maldita morte
Que te levou para além do mar...


Lívia Mascarenhas

2 comentários:

  1. Lívia, estou levando o seu poema Tribunal para postar na Academia Virtual de Escritores Clandestinos (no facebook). Um abraço

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  2. Lindos poemas! Parabéns!
    Abraços poéticos!
    Rita Rocha

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